Esta é uma entrevista que foi realizada no dia 20/03/2011, com o Chellmí integrante do Coletivo Cultural Poesia na Brasa. Um grupo de amigos que se reuniram para criar uma manifestação cultural desenvolvida no bairro de Vila Brasilândia, esta manifestação é representada através de um SARAU que acontece quinzenalmente em um bar do Bairro.
1. O que é o Coletivo?
O Coletivo Cultural Poesia na Brasa é um coletivo que se preocupa em expandir a arte da periferia para a periferia.
2. Quantas pessoa fazem parte do Coletivo Cultural Poesia na Brasa?
O Coletivo é composto por 6 pessoas.
3. Há quanto tempo o SARAU acontece?
Os encontros são realizados 1 sábado sim e um não no bar do Carlita, localizado na Vila Brasilândia, Zona Norte de São Paulo, desde julho de 2008, quando iniciamos nossas atividades como um Coletivo Cultural.
4. O Coletivo só atua no Bairro de Vila Brasilândia?
Não, ao longo destes quase 3 anos de existência pudemos contribuir com nossa literatura espalhando-a em locais remotos da cidade de São Paulo e também em outros Estados do país tais como: Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
5. Por que o Coletivo escolheu o Bairro de Vila Brasilândia para desenvolver seus trabalhos?
Primeiramente porque todos os integrantes do Coletivo Cultural Poesia na Brasa são moradores do bairro e os mesmos sentindo a necessidade de difundir expressões artísticas dos moradores bairro e região resolveram se unir para organizar o SARAU, encontros que trazem não somente escritores mas também outras vertentes artísticas como a dança, o teatro, a música, dentre outros, espaço este que proporciona momentos de reflexão sobre a arte produzida na periferia lembrando sempre que o Coletivo Cultural Poesia na Brasa não tem o papel de levar cultura a ninguém e sim instigar a cultura já existente no bairro para que possa ser partilhada e reconhecida pelo maior número de pessoas possível.
6. Quem frequenta o Sarau da Brasa?
O Sarau na Brasa é um espaço aberto para todos os públicos porém, a maior parte dos frequentadores vem das regiões periféricas de São Paulo como por exemplo Cidade Ademar, Diadema, Cangaíba, Campo Limpo, Pirituba, Capão Redondo, Perus, entre outros. E com menor frequência aparecem moradores da região central.
7. O Coletivo desenvolve outras atividades além de seus encontros semanais?
Sim, fazemos saraus em escolas, na Fundação Casa, Abrigos, UBS (Unidade Básica de Saúde), além de participar de encontros relacionados a literatura, questões do negro na sociedade e questões de gênero.
8. O Coletivo Poesia na Brasa atua isoladamente?
Não, existe um movimento literário na periferia paulistana com contribuição de vários agentes para o mesmo com isso o Sarau da Brasa não se isola muito pelo contrário faz inúmeras parcerias com outros saraus e instituições culturais independentes como, por exemplo, o Projeto Espremedor, CICAS, Comunidade Cultural Quilombaque, Sarau Elo da Corrente, Sarau da Ademar dentre outros.
9. O Sarau Poesia na Brasa possui algum recurso financeiro para realizar suas atividades?
Atualmente não, mas fomos contemplados nos anos de 2009 e 2010 com o edital do programa VAI (Valorização de Iniciativas Culturais) que nos proporcionou a realização de 8 obras literárias escritas por moradores do bairro e frequentadores do sarau, o coletivo cultural nunca usufruiu de grandes finanças, ou seja, sempre e sempre será um ponto de resistência na Brasilândia e na sociedade, uma vez que as políticas públicas não se atentam em valorizar nossa cultura periférica em suas mais diversificadas linguagens.
10. O Coletivo Cultural Poesia na Brasa encontrou alguma dificuldade para desenvolver seus trabalhos no bairro?
Sim, encontramos até hoje não é fácil falar de literatura num bairro onde aspectos negativos se naturalizaram, aspectos estes como violência, miséria e injustiça muito menos quando falamos de literatura dentro de um bar pois muitas vezes conseguimos dialogar com pessoas do outro lado da cidade e nossos vizinhos não sabem e tampouco procuram saber sobre este espaço de reflexão na Brasilândia.
11. Por que o Sarau é realizado dentro de um bar?
Porque o bar é um local onde qualquer pessoa pode entrar sem nenhum impedimento e também por ser um local onde se concentra um número relevante de pessoas que ficam muitas vezes invisíveis a sociedade exemplo os alcoólatras, optamos por esse local para realizar nossas atividades, entendemos que são em espaços como estes que nossa palavra, que nossa escrita, que nossas manifestações devem chegar. Seria muito cômodo agendarmos um horário em algum centro cultural ou alguma escola para realizarmos o sarau mas, sentimos a necessidade de atuar no olho do furacão deixando bem claro que em São Paulo existem locais menos turbulentos que um bar da periferia, ou seja, as pessoas tem total liberdade de frequentarem qualquer lugar que quiserem, assim como temos total liberdade de fazermos nosso sarau onde ele é feito e assim continuará feito.
Para saber mais sobre o Chellmí acesse: http://chellmisp.blogspot.com/
Para saber mais sobre o SARAU da BRASA acesse: http://brasasarau.blogspot.com/
1. O que é o Coletivo?
O Coletivo Cultural Poesia na Brasa é um coletivo que se preocupa em expandir a arte da periferia para a periferia.
2. Quantas pessoa fazem parte do Coletivo Cultural Poesia na Brasa?
O Coletivo é composto por 6 pessoas.
3. Há quanto tempo o SARAU acontece?
Os encontros são realizados 1 sábado sim e um não no bar do Carlita, localizado na Vila Brasilândia, Zona Norte de São Paulo, desde julho de 2008, quando iniciamos nossas atividades como um Coletivo Cultural.
4. O Coletivo só atua no Bairro de Vila Brasilândia?
Não, ao longo destes quase 3 anos de existência pudemos contribuir com nossa literatura espalhando-a em locais remotos da cidade de São Paulo e também em outros Estados do país tais como: Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
5. Por que o Coletivo escolheu o Bairro de Vila Brasilândia para desenvolver seus trabalhos?
Primeiramente porque todos os integrantes do Coletivo Cultural Poesia na Brasa são moradores do bairro e os mesmos sentindo a necessidade de difundir expressões artísticas dos moradores bairro e região resolveram se unir para organizar o SARAU, encontros que trazem não somente escritores mas também outras vertentes artísticas como a dança, o teatro, a música, dentre outros, espaço este que proporciona momentos de reflexão sobre a arte produzida na periferia lembrando sempre que o Coletivo Cultural Poesia na Brasa não tem o papel de levar cultura a ninguém e sim instigar a cultura já existente no bairro para que possa ser partilhada e reconhecida pelo maior número de pessoas possível.
6. Quem frequenta o Sarau da Brasa?
O Sarau na Brasa é um espaço aberto para todos os públicos porém, a maior parte dos frequentadores vem das regiões periféricas de São Paulo como por exemplo Cidade Ademar, Diadema, Cangaíba, Campo Limpo, Pirituba, Capão Redondo, Perus, entre outros. E com menor frequência aparecem moradores da região central.
7. O Coletivo desenvolve outras atividades além de seus encontros semanais?
Sim, fazemos saraus em escolas, na Fundação Casa, Abrigos, UBS (Unidade Básica de Saúde), além de participar de encontros relacionados a literatura, questões do negro na sociedade e questões de gênero.
8. O Coletivo Poesia na Brasa atua isoladamente?
Não, existe um movimento literário na periferia paulistana com contribuição de vários agentes para o mesmo com isso o Sarau da Brasa não se isola muito pelo contrário faz inúmeras parcerias com outros saraus e instituições culturais independentes como, por exemplo, o Projeto Espremedor, CICAS, Comunidade Cultural Quilombaque, Sarau Elo da Corrente, Sarau da Ademar dentre outros.
9. O Sarau Poesia na Brasa possui algum recurso financeiro para realizar suas atividades?
Atualmente não, mas fomos contemplados nos anos de 2009 e 2010 com o edital do programa VAI (Valorização de Iniciativas Culturais) que nos proporcionou a realização de 8 obras literárias escritas por moradores do bairro e frequentadores do sarau, o coletivo cultural nunca usufruiu de grandes finanças, ou seja, sempre e sempre será um ponto de resistência na Brasilândia e na sociedade, uma vez que as políticas públicas não se atentam em valorizar nossa cultura periférica em suas mais diversificadas linguagens.
10. O Coletivo Cultural Poesia na Brasa encontrou alguma dificuldade para desenvolver seus trabalhos no bairro?
Sim, encontramos até hoje não é fácil falar de literatura num bairro onde aspectos negativos se naturalizaram, aspectos estes como violência, miséria e injustiça muito menos quando falamos de literatura dentro de um bar pois muitas vezes conseguimos dialogar com pessoas do outro lado da cidade e nossos vizinhos não sabem e tampouco procuram saber sobre este espaço de reflexão na Brasilândia.
11. Por que o Sarau é realizado dentro de um bar?
Porque o bar é um local onde qualquer pessoa pode entrar sem nenhum impedimento e também por ser um local onde se concentra um número relevante de pessoas que ficam muitas vezes invisíveis a sociedade exemplo os alcoólatras, optamos por esse local para realizar nossas atividades, entendemos que são em espaços como estes que nossa palavra, que nossa escrita, que nossas manifestações devem chegar. Seria muito cômodo agendarmos um horário em algum centro cultural ou alguma escola para realizarmos o sarau mas, sentimos a necessidade de atuar no olho do furacão deixando bem claro que em São Paulo existem locais menos turbulentos que um bar da periferia, ou seja, as pessoas tem total liberdade de frequentarem qualquer lugar que quiserem, assim como temos total liberdade de fazermos nosso sarau onde ele é feito e assim continuará feito.
Para saber mais sobre o Chellmí acesse: http://chellmisp.blogspot.com/
Para saber mais sobre o SARAU da BRASA acesse: http://brasasarau.blogspot.com/
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